sexta-feira, 28 de setembro de 2012

VIOLÊNCIA CONTRA MENORES E ADOLESCENTES


                                        

Tema Para Seminário

O que é Violência?

Vioência é todas as ações que machucam as pessoas de alguma forma,sendo com palavras,agressões e injustiças da sociedade.Todos temos direito de sermos livres de qualquer tipo de violência,porém ainda existem pessoas que sofrem com isso.
 
Violência Estrutural e Sistêmica

 Ela se expressa pelo quadro de miséria,má distribuição de renda,exploração dos trabalhadores,crianças nas ruas,falta de condições mínimas para vida digna,falta de assistência em educação e saúde.Trata-se,portanto,de uma população de risco,sofrendo no dia-a-dia os efeitos da violação dos direitos humanos,confirmando as palavras de Mahatma Gandhi: a pobreza é a pior forma de violência.
Apesar desse tipo de violência acontecer os presos ainda saem impunes do crime.

Violência Doméstica
 
Violência Doméstica é o abuso do poder exercido pelos pais ou responsáveis pela criança ou adolescente. Existem vários tipos de violência doméstica: violência física (bater, beliscar, empurrar, chutar), a violência psicológica (xingar,humilhar,agredir com palavras),o abuso sexual,a negligência e o abandono.
Em termos estatísticos,no Brasil,cerca de 70% dos casos de  violências contra crianças e jovens tem os pais como agressores.Essas agressões,em geral descontroladas,são consideradas como medidas de educar e disciplinar,próprias do poder dos pais.No encontro,com freqüência,tais “medidas educativas” ultrapassam o razoável e tornam-se atos violentos de abuso do poder parental.
Muitos dos crimes investigados,ocorreram na própria casa das crianças (44,3% dos casos) comprovando que o ambiente doméstico é,em muitos casos,perigo e não proteção para as crianças.



Violência Policial

Esse tipo de violência é sistêmica porque se reflete no nosso passado onde muitas coisas eram e continuam erradas.Vimos casos todos os dias de policiais que cometem esse tipo de crime,achando-se que por ser autoridade tem o direito de fazer o que quizer com aqueles que muitas vezes são inocentes.



  Caracterização da violência

A violência, segundo VELHO (1996), “é o uso agressivo da força física de indivíduos ou grupos contra outros.” Mais adiante, ele reforça a idéia de que a “violência não se limita ao uso da força física, mas a possibilidade ou ameaça de usá-la constitui dimensão fundamental de sua natureza.” Além desse conceito, a violência pode ser traduzida por vários sinônimos tais como abuso, maus-tratos, agressão, castigo, disciplina, vitimização e outros. Não importa qual o nome que possua, produz graves e profundas marcas em quem a recebe. Neste caso, em crianças e adolescentes, o resultado é sentido com maior intensidade vez que eles estão em fase de desenvolvimento físico e mental, e, todas as manifestações da violência ficam delineadas em seu caráter e personalidade.

A violência é uma só, mas pode manifestar-se de várias maneiras: de uma forma difusa, consideradas as situações de fome, marginalização, ausência de educação, desemprego, enfim, de restrição de direitos. Com um sentido sociológico e da psicologia jurídica manifesta-se nos campos psíquicos,  moral e  físico, o mais comum. Trataremos do assunto sob esse último aspecto.

A violência psíquica deixa gravada na personalidade da criança e do adolescente indeléveis marcas, cujos efeitos serão revertidos, com o decorrer do tempo, em agressões a outras pessoas ou coisas, quiçá, incorrendo na prática de atos infracionais. Daí por diante, já no caminho “do crime”, a população infanto-juvenil desenvolverá aquilo que lhe foi ensinada: o conflito.

A violência moral, como a psíquica, atinge a auto-estima da criança e do adolescente. São manifestações gêmeas de uma mesma violência que destrói o íntimo daquele ser em desenvolvimento, comprometendo seu próprio futuro e o futuro de seus descendentes. A violência moral revela-se mais perversa que as demais formas. Sua manifestação, além de afetar a maneira de pensar e de agir, decompõe os valores que estão sendo construídos e formatados. A destruição dos valores da personalidade infanto-juvenil conduz ao desmoronamento do seu sistema de aceitação/negação das atitudes e valores, levando o adolescente a procurar sistemas de escape - como o uso de drogas e a materialização da violência - para confirmar aqueles valores ideais ou idealizados por seus pais ou educadores.

A manifestação da violência moral é, também, simulada; como a cinza que cobre a brasa, a violência moral permanece adormecida, mas ativada no momento de tomada de decisões, de atitudes, de confrontos, de expansão e demonstração do inconformismo, que se concretiza na violência física.

Por fim, a violência física busca sua manifestação na agressão material contra o “outro”, para utilizar a expressão de VELHO (1996), que encontra barreira para desenvolver seu dinamismo social na comunidade onde vive, na medida em que é questionado pelas diferenças entre as relações sociais.

Todas as formas de violência deixam seqüelas; umas visíveis, como a física, outras, invisíveis, como a psíquica e moral. A materialização da violência física chama mais a atenção das pessoas porque instiga a proteção da própria espécie. É trágica e repulsiva a forma como se apresenta a violência física, quando mostra corpos dilacerados, feridos, sangrentos e deformados. Ainda mais chocante é o cenário quando essa manifestação recai sobre crianças e adolescentes. Quem não se emociona ou fica indignado contra a violência física em crianças? Quem não se revolta contra os agressores de crianças? O senso comum diz que aqueles mais fracos devem ser mais protegidos.

E a vitimização de crianças e adolescentes acontece diariamente, nas escolas, nas ruas, nos locais de trabalho e nas famílias, como se ela não encontrasse barreiras ou não se importasse com os espectadores. A sensação de que o adulto “pode” agredir crianças e adolescentes decorre de uma falsa mentalidade de que estão punindo-os ou castigando-os como uma forma de carinho ou de educação.

Violência disfarçada em carinho

A desculpa mais sentida e comum de pais e educadores que abusam de crianças e adolescentes, nas diversas formas de manifestação da violência, funda-se no fato que “estão fazendo aquilo como forma de educar.” Quantas e tantas vezes ouvimos de pais e educadores que agrediam fisicamente alunos e filhos “para dar exemplo”, “para corrigir”, “para colocá-los no caminho bom”, “para instruí-los” e, até mesmo, “para dar-lhes uma boa educação”.

Mas é comum, também, ouvir que esses agressores não têm outra forma de se manifestar, pois “aprenderam com seus pais”. Assim, parece que a violência transmite-se de geração em geração, na forma de uma cultura cediça, de maneira pronta, acabada e infalível, não admitindo correções. Aqui está o problema com os agressores: não admitem mudança em seus valores (aqueles que, certamente, foram minados pela violência psíquica, moral ou física em sua infância e juventude). Necessitam, eles, com certeza, uma rápida “mudança de olhar” sobre os atos praticados por seus filhos e educandos, que pode ter na psicologia ou psiquiatria, o redirecionamento de suas atitudes.

A falta de “história” - aqui entendida como o conjunto cultural/educacional de uma pessoa - de pais e educadores promove e encena um festival de atitudes que se concluem na violência. Às vezes, essas atitudes, impensadas naquele momento, revelam uma violência adormecida, que, sofrida em sua juventude, desembocam e se materializam em agressões em seus descendentes ou educandos. A frase mais comum ouvida nesses casos é que “castigam para educar”, como se o castigo ou a violência física empregada fosse um método de aprendizado. Erro grasso! A violência não pode gerar educação em nenhuma de suas manifestações; mesmo aquelas tidas como manifestações de carinho, mais comumente representadas pelos toques e carícias.

Violência e carinho são gestos e práticas opostas. Um exclui o outro; não pode haver carinho na violência; a violência é sempre prejudicial, o carinho, benéfico; a violência agride, o carinho afaga; a violência destrói, o carinho constrói; a violência é desvalor, o carinho, valor. Poderíamos, infinitamente, parodiar o confronto entre violência e carinho. Não é necessário, porém. Também existe um senso comum que identifica um e outro. E todos sabemos que a violência nunca será aceita como comportamento padrão de uma sociedade, ao passo que a manifestação de carinho e paz para com nossas crianças e adolescentes sempre será bem vinda e aceita por todos.

Meios de identificar a violência e reprimi-la

A manifestação da violência contra crianças e adolescentes pode ser difícil de ser identificada. Essa dificuldade decorre, na maioria das vezes, quando a violência é empregada no ambiente familiar e a criança é, ainda, muito pequena. Aliada à proposta de “educar” pelo castigo, essa identificação torna-se, ainda, mais difícil, pois os pais não reconhecem - ou não querem reconhecer - que usaram a violência contra seus filhos.

A violência manifestada no ambiente familiar, principalmente a sexual, é, muitas vezes, dissimulada através de carícias, toques, “passadas de mão”, chegando ao ponto de ser manifestada, até mesmo pela conjunção carnal. A conivência entre os pais pode ser fruto da destruição de seus próprios valores constituídos na juventude. A agressão sexual de pais contra filhos revela uma continuação daquele ato agressivo que sofreram quando crianças ou jovens. O que os pais tentam fazer é reproduzir esse tipo de violência, como se o ato que estão praticando fosse o modelo a ser seguido.

Quando esse fato ocorre, geralmente, os mecanismos de defesa da criança e do adolescente (governamentais ou não) entram em ação. Gera-se, então, um conflito entre aqueles órgãos e os pais que não permitem  “intromissão” em “assuntos de família”; “esses assuntos devem ser resolvidos em família”, “a educação dos filhos compete aos pais”; “os pais educam os filhos como eles querem”. Essas respostas dadas ao problema inferem que a comunidade familiar está seguindo modelos propostos por outros núcleos familiares, mormente aqueles de seus antepassados. Esses modelos, diga-se de passagem, não estão errados, podem não estar adequados à realidade hodierna, mas o foram em um determinado momento da história de seus protagonistas. Contudo, essa resposta simplista não satisfaz mais. As pessoas não querem mais estar apegadas e sujeitas a tradições comportamentais, conferindo-lhes a responsabilidade pelos erros e acertos.

Além disso, há uma certa disseminação de mitos sobre o episódio “violência doméstica”, que, somente para exemplificar, poderíamos elencar alguns deles: a) a vitimização sexual é rara; b) as crianças menores de 10 anos estão a salvo dessas agressões; c) os agressores são homens velhos, violentos, alcoólatras e desempregados, depravados sexualmente, retardados ou loucos; d) se uma criança “consente” é porque deve ter gostado, se ela não diz “não” é porque não é abuso; e) as crianças inventam histórias de vitimização sexual.

Essas alegações, por serem inverídicas, produzem uma sensação de impunidade, ora de indignação, ora de conformismo diante do episódio violência doméstica materializada como aquela ligada ao abuso sexual. Esse “sintoma” entreguista ou de aceitação da violência contra crianças e adolescentes dificulta sua apuração e sua erradicação. Pais, mães e educadores são, ao seu modo e com sua bagagem de valores, cúmplices ou co-autores desse ato criminoso.

Como impedir, então, que essa violência se manifeste se os próprios pais e educadores se protegem em modelos anacrônicos de comportamento? A tarefa não é fácil. A couraça comportamental, construída ao longo de sua existência, impede ou dificulta a transformação ou a aceitação das mudanças na educação de filhos.

A diminuição da violência contra crianças e adolescentes é tarefa que a todos deve interessar. A repressão da violência pode ser o marco inicial de um conjunto de medidas impeditivas do continuísmo das práticas comportamentais que envolvem agressões físicas, psíquicas e morais. A tarefa é cidadã. Sem essa conotação é impossível transformar uma civilização, tampouco um conjunto de valores morais familiares,  neles incluído, a “severa” educação que inclui o castigo físico. A transformação dos modelos dantes utilizados requer, basicamente, educação para a cidadania, incluindo, aqui, aquele conjunto de atitudes preservadoras dos direitos da população infanto-juvenil, e, numa visão mais avançada, da preservação até da própria existência humana.

Apoio às vítimas e seus familiares

Ao lado da identificação da violência, dos seus mecanismos inibitórios e restritivos, perquire-se qual o caminho para amparar as vítimas e indicar novos procedimentos e comportamentos aos seus familiares, muitas vezes, agressores. A tarefa continua sendo árdua, pois o terreno a ser trabalhado é o da formação dos valores, ou propriamente, da recomposição dos valores assentados em suas vidas.

Sem medo de errar, acreditamos que a família deve ser reestruturada, sob o aspecto de sua própria composição, da representação das figuras paterna e materna, sua responsabilidade frente aos novos desafios da educação familiar, a aceitação para mudança de comportamentos e de valores, o repensar sobre as funções e importância de cada um na família celular, a interferência de parentes, além do diálogo. Esses são alguns passos que podem ser desenvolvidos para a inibição da violência doméstica, principalmente aquela que tem como vítimas crianças e adolescentes.

O apoio às famílias e seus familiares deve partir de uma premissa de que todos devem mudar seus parâmetros sobre a educação de filhos; de que todos devem mudar o “modo de olhar” o problema. Encará-lo como uma porta que traz soluções e amenizar o sofrimento de um passado desgastado pela violência, pela agressão, pelo abuso. A mudança de foco sobre o problema possibilita, também, um enriquecimento interior e um amadurecimento propícios à aceitação das mudanças que, certamente, virão após esse exercício de cidadania.

Esse suporte às famílias é oferecido por Convenções Internacionais de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, cuja materialização, entre nós, deu-se através do Estatuto da Criança e do Adolescente, que  procurou sintetizar, na doutrina da proteção integral, uma nova condição jurídica para a população infanto-juvenil: a condição de cidadãos, sujeitos de direitos e detentores da especial proteção do Estado e de todos em virtude de seu grau de desenvolvimento. Essa doutrina foi desenvolvida pela Organização das Nações Unidas a pedido dos próprios Estados participantes, que necessitavam de uma “receita” mais moderna e atual para tentar reverter o modo de analisar ou oferecer uma nova perspectiva entre as relações dos adultos para com as crianças e adolescentes. 

 Tipos de Violência Contra Crianças e Adolescentes (Gonçalves, 2005; OMS, 2002)

Violência Física
 Atos violentos com o uso da força física de forma intencional - não acidental - provocada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas.

Negligência

Omissão dos pais ou responsáveis quando deixam de prover as necessidades básicas para o desenvolvimento físico, emocional e social da criança e do adolescente.

Psicológica

Rejeição, privação, depreciação, discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, punições humilhantes, utilização da criança e adolescentes para atender às necessidades dos adultos.

Sexual

Toda a ação que envolve ou não o contato físico, não apresentando necessariamente sinal corporal visível. Pode ocorrer a estimulação sexual sob a forma de práticas eróticas e sexuais (violência física, ameaças, indução, voyerismo, exibicionismo, produção de fotos e exploração sexual).


Quais os possíveis efeitos da violência contra crianças e adolescentes?

- Hiperatividade ou retraimento;
- Baixa auto-estima, dificuldades de relacionamento;
- Agressividade (ciclo de violência);
- Fobia, reações de medo, vergonha, culpa;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Transtornos afetivos;
- Distorção da imagem corporal;
- Enurese e/ou encoprese;
- Amadurecimento sexual precoce, masturbação compulsiva;
- Tentativa de suicídio, e outros...


Quem protege a criança e o adolescente?

O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal 8.069/90) que dispõe: "Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais".


Como notificar os casos de violência contra crianças e adolescentes?

- Conselho Tutelar
- Secretaria Municipal de Saúde
- Promotoria Infância e Juventude
- Delegacia da Infância e Juventude
- Defensoria Pública
                                 

FATORES INDICADORES DE VIOLÊNCIA

 A violência contra a criança e o adolescente é produto de múltiplos fatores:

- Dificuldades cotidianas;
- Pobreza;
- Separação do casal;
- Crises financeiras;
- Características individuais (
temperamento difícil, retardo mental, hiperatividade, entre outros);
- Influências familiares;
- Aspectos sociais e culturais.
Não há uma única causa, assim como não há solução única.

FONTE: Artigos, monografias e palestras. As informações constatadas aqui são 100 % segura.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ADOLESCÊNCIA -

Tema Para Seminário

Definição: o que é adolescência 
Adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Este período é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo comportamentais. Não se pode definir com exatidão o início e fim da adolescência (ela varia de pessoa para pessoa), porém, na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20 anos de idade (período definido pela OMS – Organização Mundial da Saúde).

Adolescência e puberdade

Muitas pessoas confundem adolescência com puberdade. A puberdade é a fase inicial da adolescência, caracterizada pelas transformações físicas e biológicas no corpo dos meninos e meninas. É durante a puberdade (entre 10 e 13 anos entre as meninas e 12 e 14 entre os meninos) que ocorre o desenvolvimento dos órgãos sexuais. Estes ficam preparados para a reprodução.

Durante a puberdade, os meninos passam pelas seguintes mudanças corporais e biológicas: aparecimento de pêlos pubianos, crescimento do pênis e testículos, engrossamento da voz, crescimento corporal, surgimento do pomo-de-adão e primeira ejaculação.

Entre as meninas, as mudanças mais importantes são: começo da menstruação (a primeira é chamada de menarca), desenvolvimento das glândulas mamárias, aparecimento de pêlos na região pubiana e axilas e crescimento da região da bacia.

Hormônios e comportamento

Durante a adolescência ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo. Além de favorecer o aparecimento de acnes, estes hormônios acabam influenciando diretamente no comportamento dos adolescentes. Nesta fase, os adolescentes podem variar muito e rapidamente em relação ao humor e comportamento. Agressividade, tristeza, felicidade, agitação, preguiça são comuns entre muitos adolescentes neste período.

Por se tratar de uma fase difícil para os adolescentes, é importante que haja compreensão por parte de pais, professores e outros adultos. O acompanhamento e o diálogo neste período são fundamentais. Em casos de mudanças severas (comportamentais ou biológicas) é importante o acompanhamento de um médico ou psicólogo.

Socialização

Uma marca comum da maioria dos adolescentes é a necessidade de fazer parte de um grupo. As amizades são importantes e dão aos adolescentes a sensação de fazer parte de um grupo de interesses comuns.

Gravidez na adolescência
No Brasil atual, a gravidez precoce tem se transformado num grande problema de saúde pública. Com poucas informações e uma vida sexual ativa cada vez mais precoce, muitas adolescentes estão engravidando numa época da vida em que se encontram despreparadas para assumir as responsabilidades de mãe. Ao se tornarem mães, estas adolescentes acabam deixando de lado uma importante fase de desenvolvimento (algumas até mesmo abandonam os estudos). Mais preocupante são aquelas que buscam o aborto, tirando a vida de um ser e colocando em risco suas próprias vidas. 

                                  Menstruação


A menstruação é um fluxo de sangue que é liberado pelo revestimento interno do útero dos seres humanos e também pela maioria dos primatas. Seu ciclo geralmente é de 28 dias entre as mulheres, ocorrendo de forma contínua a menos que seja interrompido por uma gestação ou pela menopausa.

Início 

Ela se inicia na puberdade, mais comumente entre a faixa etária dos 10 aos 17 anos. A primeira menstruação é chamada de menarca, a partir deste momento, o corpo feminino já se torna capaz de gerar outra vida.

Alguns cientistas já se questionaram sobre o porquê do endométrio (revestimento interno do útero, composto por tecido ricamente vascularizado) não permanecer dentro do útero e se regenerar como ocorre com outras partes do corpo, como por exemplo, a pele e o sistema digestório. Uma das teorias que respondem esta questão, explica que a menstruação é a defesa do organismo feminino contra a invasão de microorganismos que entram no útero junto com os espermatozoides.

O Ciclo Menstrual

No início de cada ciclo, o útero se reveste internamente por um tecido ricamente vascularizado (o endométrio), preparando-se para receber o embrião que ali se desenvolverá durante todo o período de gestação.

No caso do óvulo ser fecundado pelo esperma, ocorrerá a gravidez, sendo cessada a menstruação durante o período gestacional. Caso isso não ocorra, todo este tecido ricamente vascularizado será perdido através da menstruação. Normalmente este processo ocorrerá mensalmente até que ocorra uma gravidez , ou, até que a ovulação cesse com a chegada da menopausa.

Além dos dois fatores já citados acima (gestação e menopausa), o ciclo menstrual pode ser temporariamente interrompido por outros fatores como: desequilíbrio hormonal, subnutrição, algumas doenças orgânicas, ou, ainda, por distúrbios emocionais.

A menstruação é controlada pelo hipotálamo (parte do cérebro que controla o sistema nervoso) e pela glândula pituitária ou hipófise, responsável pela produção de hormônios importantes como o estrogênio (que estimula a formação do endométrio) e progesterona (que estimula a manutenção do endométrio, mantendo a gravidez).

Dismenorréia e TPM 

Muitas mulheres sofrem com sintomas doloridos e desagradáveis durante o período menstrual, como por exemplo, a dismenorréia (cólica menstrual) e a TPM (tensão pré-menstrual).

A dismenorréia ocorre pela contração uterina que resulta em espasmos. Acredita-se que estes são estimulados por um hormônio chamado prostaglandina (produzido na metade do ciclo). Como terapêutica, são usados contraceptivos orais e outros tipos de medicamentos capazes de reduzir a produção deste hormônio.

A TPM é um outro sintoma menstrual que também causa sofrimento em grande parte das mulheres. Seus sintomas mais conhecidos são algumas alterações comportamentais como aumento da irritabilidade, ansiedade, tensão, fadiga, depressão, excitação, tristeza, alteração do apetite, etc. Além dos sintomas comportamentais, a TPM também pode causar sintomas físicos como retenção de líquido, dores musculares, dores de cabeça, maior sensibilidade mamária, etc.

Você sabia ...
A ausência do período menstrual é conhecida como amenorréia.

Mudanças na Adolescência

A adolescência é um período da vida com características peculiares e que deve ser preenchido com atividades próprias. Nessa fase, o adolescente desenvolve suas necessidades e interesses, e é beneficiado por ganhos biológicos e psicológicos. Podemos citar o aumento progressivo da circulação de hormônios sexuais, amadurecimento dos órgãos reprodutores, se manifestando nos garotos  através do crescimento gradativo dos testículos, aparecimento de pelos na região genital e nas axilas, surgimento de barba e bigode, mudança de voz. Nas meninas, os primeiros sinais da puberdade são crescimento dos seios, alargamento e arredondamento dos quadris. Pouco depois aparecem os pêlos na região genital e nas axilas, aumentam e modificam as secreções, até que ocorra a primeira menstruação. Os adolescentes apresentam crescimento muito rápido em estatura. Essas mudanças influenciam no estado de ânimo do adolescente, que se encontra numa fase de transmissão que ele vai perdendo as características de criança, mas ainda não conseguiu adquirir as de adulto. Inúmeras são as horas que passam na frente do espelho arrumando cabelos, experimentando  diferentes roupas, e se preocupando com regimes e cuidados com a pele. Por se tratar de uma transformação acelerada e profunda, a adolescência pode ser considerada um período de desestabilização psicológica, já que nessa fase o jovem não é adulto ainda. É um período de redefinição da própria imagem. No plano emocional, esse processo dá lugar a sentimentos que oscilam entre uma auto-imagem negativa. Para o adolescente, os colegas são inicialmente referência. Por isso ele precisa se comparar com eles para poder se conhecer melhor.

Andropausa

Andropausa é um termo criado por analogia com menopausa, fase que ocorre  na vida de todas as mulheres como consequência da falência dos ovários que deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona. A menopausa é um marco indicativo do final do ciclo reprodutivo da mulher e pode vir acompanhada de alguns sintomas característicos: ondas de calor (fogachos), insônia, diminuição da libido, irritabilidade, suores noturnos, etc.
Nos homens, o processo é mais lento e insidioso. À medida que envelhecem, cai a produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. Entretanto, mesmo com níveis mais baixos, seus valores ainda podem ser considerados dentro da faixa de normalidade.
Apesar de algumas mudanças físicas e psicológicas se instalarem por causa da queda desse hormônio, nem todos irão apresentar os sintomas característicos da andropausa. Isso só acontece com aqueles que têm uma diminuição mais expressiva dos níveis hormonais e, ainda assim, as manifestações são mais discretas e menos aparentes do que nas mulheres.
De qualquer forma, a andropausa é um período na vida do homem em que podem ocorrer  sintomas que devem ser valorizados.
Postado em 27/09/12. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TABAGISMO -

 Tema para Seminário
-->
 O que é? 
O tabagismo é o ato de se consumir cigarros ou outros produtos que contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido.

Fumo, Cigarro e Suas Conseqüências


O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo. Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em rápida expansão. Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um.
A revista The Economist comenta: “Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais lucrativos do mundo. São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes o matam.” Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, mas enormes prejuízos para os clientes.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, a vida dos fumantes americanos é reduzida, coletivamente, todo ano, em uns cinco milhões de anos ,cerca de um minuto de vida a menos para cada minuto gasto fumando.“ O fumo mata 420.000 americanos por ano”, diz a revista Newsweek. “Isso equivale a 50 vezes mais mortes do que as causadas pelas drogas ilegais”.

O Que Vai no Cigarro 
Até setecentos aditivos químicos talvez entrem nos ingredientes utilizados na fabricação de cigarros, mas a lei permite que os fabricantes guardem a lista em segredo. No entanto, constam entre os ingredientes matais pesados, pesticidas e inseticidas. Alguns são tão tóxicos que é ilegal despejá-los em aterros. Aquela atraente espiral de fumaça está repleta de umas 4.000 substâncias, entre as quais acetona, arsênico, butano, monóxido de carbono e cianido. Os pulmões dos fumantes e de quem está perto ficam expostos a pelo menos 43 substâncias comprovadamente cancerígenas.
                              

QUE HÁ POR TRÁS DO CIGARRO
Consequências do Fumo
centenas de substâncias nocivas estão presentes no cigarro.


No mundo todo, três milhões de pessoas por ano -seis por minuto- morem por causa do fumo, segundo o livro Mortality From Smoking in Developed Countries 1950-2000, publicado em conjunto pelo Fundo Imperial de Pesquisas do Câncer, da Grã-Bretanha, pela OMS(Organização mundial de Saúde) e pela Sociedade Americana do Câncer. Essa análise das tendências mundiais com relação ao fumo, a mais abrangente até a presente data, engloba 45 países. “Na maioria dos países”, adverte Richard Peto, do Fundo Imperial de Pesquisas do Câncer, “o pior ainda está por vir. Se persistirem os atuais padrões de tabagismo, quando os jovens fumantes de hoje chegarem à meia-idade ou à velhice, haverá cerca de 10 milhões de mortes por ano causadas pelo fumo - uma morte a cada três segundos.
O fumo é diferente de outros perigos”, diz o Dr. Alan Lopez, da OMS. “Termina matando um em cada dois fumantes”. Martin Vessey, do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Oxford, diz algo parecido: “Essas constatações no período de 40 anos levam à terrível conclusão de que metade de todos os fumantes terminará morrendo por causa desse hábito – uma idéia muito aterradora.” Desde a década de 50,60 milhões de pessoas morreram por causa do fumo.
Essa idéia é muito aterradora também para a indústria do tabaco. Se todo ano, no mundo todo, três milhões de pessoas morrem por motivos ligados ao fumo, e muitas outras param de fumar, então todo ano é preciso encontrar três milhões de novos fumantes.
Uma fonte de novos fumantes surgiu por causa do que a indústria do tabaco aclama como liberação das mulheres. O fumo entre as mulheres é fato consumado já por alguns anos nos países ocidentais e agora está ganhando terreno em lugares em que se via nisso um estigma. Os fabricantes de cigarro pretendem mudar tudo isso. Querem ajudar as mulheres a comemorar a prosperidade e a liberação recém – conquistadas.
Marcas especiais de cigarro que alegam ter baixos de nicotina e alcatrão engodam as mulheres que fumam e que acham esse tipo de cigarro menos prejudicial. Outros cigarros são perfumados ou então são longos e finos – o visual que as mulheres talvez sonhem conseguir fumando. Os anúncios de cigarro na Ásia apresentam modelos orientais, jovens e chiques, elegante e sedutoramente vestidas no estilo ocidental.
No entanto, o saldo de mortes relacionadas com o fumo ganha terreno, junto com a “liberação” feminina. O número de vítimas de câncer de pulmão entre as mulheres dobrou nos últimos 20 anos na Grã-Bretanha, no Japão, na Noruega, na Polônia e na Suécia. Nos Estados Unidos e no Canadá, os índices aumentaram 300%. “Você percorreu um longo caminho, garota!”, diz um anúncio de cigarro. Alguns fabricantes de cigarro têm sua própria estratégia. Certa empresa nas Filipinas, país predominantemente católico, distribuiu calendários gratuitos em que logo abaixo da imagem da Virgem Maria aparecia, descaradamente, o logotipo do cigarro.
“Nunca tinha visto nada igual”, disse a Dra.Rosmarie Erban, conselheira de saúde da OMS, na Ásia. “Estavam tentando relacionar o ícone ao fumo, para que as mulheres filipinas não se sentissem culpadas diante da idéia de fumar.” Na China, calcula-se que 61% dos homens adultos fumam, contra apenas 7% das mulheres. Os fabricantes ocidentais de cigarro estão de olho na “liberação” dessas belas orientais, milhões das quais por muito tempo foram privadas dos “prazeres” desfrutados pelas glamorosas ocidentais. Mas há uma pedra enorme no caminho: o fabricante estatal de cigarro supre o mercado com a maior parte do produto.
As empresas ocidentais, porém, estão gradualmente conseguindo abrir as portas. Com oportunidades limitadas de publicidade, alguns fabricantes de cigarro procuram preparar o terreno para ganhar futuros clientes à surdina. A China importa filmes de Hong Kong, e em muitos deles os autores são pagos para fumar – um marketing sutil! Em vista do aumento das hostilidades em seu próprio país, a próspera indústria norte-americana do tabaco está estendendo seus tentáculos para aliciar novas vítimas. Os fatos mostram que os países em desenvolvimento são seu alvo, não importa o custo em vidas humanas.
No mundo todo as autoridades sanitárias soam o alarme. Algumas manchetes: “África combate nova praga: o fumo.” “Fumaça vira fogo na Ásia enquanto o mercado tabagista dispara.” “Índices de consumo de cigarro na Ásia causarão epidemia de câncer.” “A nova batalha do Terceiro Mundo é contra o fumo” O continente africano tem sido castigado por secas, por guerras civis e pela epidemia da AIDS. No entanto, diz o Dr.Keith Ball, cardiologista britânico, “com exceção da guerra nuclear ou da fome, o fumo é a maior ameaça para a saúde da África no futuro”.
Gigantes multinacionais contratam lavradores para cultivar tabaco. Estes derrubam árvores cuja madeira é extremamente necessária para cozinhar, aquecer ambientes e construir casas e a usam como combustível para a cura do tabaco. Cultivam lucrativas plantações de tabaco em vez de produtos alimentícios menos lucrativos. Os africanos pobres geralmente gastam grande parte de sua escassa renda em cigarro. As famílias africanas definham, desnutridas, enquanto os cofres dos fabricantes ocidentais de cigarro engordam com os lucros.

A Praga se Espalha Pelo Mundo
A África, a Europa Oriental e a América Latina são o alvo dos fabricantes ocidentais de cigarro, que vêem nos países em desenvolvimento uma gigantesca oportunidade comercial. Mas a populosa Ásia é de longe a maior mina de ouro de todos os continentes. Só a china atualmente tem mas fumantes do que toda a população dos Estados Unidos – 300millhões. Eles fumam o total assombroso de 1,6 trilhão de cigarro por ano, um terço do total consumido no mundo!
“Os médicos dizem que as implicações do estouro do fumo na Ásia são nada menores que aterradoras”, diz o jornal New York Times Richard Peto calcula que, dos dez milhões de mortes relacionadas com o fumo que se espera que ocorram todo ano nas próximas ou três décadas, dois milhões se darão na China. Cinqüenta milhões de crianças chinesas hoje vivas podem vir a morrer de doenças ligadas ao fumo, diz Peto. O Dr.Nigel Gray resumiu isso nas seguintes palavras: “A história do fumo nas últimas cinco décadas na China e na Europa Oriental condena esses países a uma grande epidemia de doenças ligadas ao fumo.
“Como pode um produto que é a causa de 400 mil mortes prematuras por ano nos EUA, um produto que o Governo norte-americano quer a todo custo que seus cidadãos deixem de consumir, de repente tornar-se diferente fora das fronteiras americanas!”, perguntou o Dr.Prakit Vateesatokit, da Campanha Antifumo da Tailândia. “Será que a saúde se torna irrelevante quando o mesmo produto é exportado para outros países?.
A próspera indústria de tabaco tem no governo dos Estados Unidos um aliado poderoso. Juntos lutam para ganhar terreno no exterior, especialmente nos mercados asiáticos. Por anos os cigarros americanos foram impedidos de entrar no mercado do Japão, Taiwan (Formosa), Tailândia e outros países, porque alguns desses governos tinham seus próprios monopólios sobre produto do tabaco. Grupos antifumo protestam contra as importações, mas a administração norte-americana usou uma arma persuasiva: tarifas punitivas .
A partir de 1985, sobre intensa pressão do Governo dos Estados Unidos, muitos países asiáticos abriram as portas, e os cigarros americanos estão invadindo o mercado. As exportações americanas de cigarro para a Ásia aumentaram 75% em 1988.
Talvez as vítimas mas trágicas da competitividade no mundo do fumo sejam as crianças um estudo divulgado na revista The Journal of the American Medical Association diz que “as crianças e os adolescente constituem 90% de todos os novos fumantes.
Um artigo na revista U.S.News & Would Report calcula em 3,1 milhões a quantidade de fumantes adolescente nos Estados Unidos. Todo dia, 3.000 jovens começam a fumar – 1.000.000 por ano. A publicidade de certo cigarro apresenta a imagem de um personagem de desenhos animados, muitas vezes com um cigarro na boca, um camelo que adora se divertir e vive atrás dos prazeres da vida.
Essa publicidade é acusada de engodar crianças e adolescentes, tornando-os escravos da nicotina, antes que compreendam os riscos para a saúde. Em apenas três anos de divulgação dessa publicidade, o fabricante teve um aumento de 64% nas vendas para adolescentes. Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Geórgia (EUA) constatou que 91% das crianças de seis anos de idade que foram avaliadas conheciam esse camelo fumante.
Outro personagem muito conhecido no mundo do cigarro é o cowboy machão, despreocupado, cuja mensagem, nas palavras de um rapaz, é: “quando você está fumando, ninguém o segura”. Consta que o produto de consumo mais vendido no mundo é um cigarro que controla 69% do mercado entre os fumantes adolescentes e que a marca que mais investe em publicidade. Como um incentivo a mais, todo maço traz cupons que podem trocados por jeans, bonés e roupas esportivas do gosto da moçada.
Reconhecendo o tremendo poder da publicidade, grupos antifumo conseguiram que se proibissem em muitos países os anúncios publicitários de cigarro na televisão e no rádio. Mas um jeito que os espertos anunciantes de cigarro acharam de driblar o sistema foi colocar outdoors em pontos estratégicos em eventos esportivos.
É por isso que numa partida de futebol televisionada para uma grande audiência de jovens talvez apareça, em primeiro plano, a imagem do jogador favorito desses telespectadores, prestes a fazer uma jogada, e em segundo plano, sorrateiramente, um enorme outdoor.
Aqui no Brasil, a minissérie Presença de Anita , chamou a atenção aos vários cigarros consumidos pela protagonista de apenas 18 anos. A representação foi tamanha, ao ponto da própria atriz tornar-se dependente. A mensagem descarada é que fumar dá prazer, boa forma, virilidade e popularidade. “Onde eu trabalhava”, disse um consultor de publicidade, “tentávamos de tudo para influenciar a garotada de 14 anos a começar a fumar”.
Os anúncios na Ásia apresentam ocidentais atléticos, saudáveis e cheios de juventude, divertindo-se a valer em praias e quadras esportivas – fumando, é claro. “Top models e estilos de vida ocidentais criam padrões glamorosos a imitar”, comentou um informe de marketing, “e os fumantes asiáticos nunca se fartam disso”.

Não Fumantes em Risco
Você mora, trabalha ou viaja com fumantes inveterados? Então talvez corra o risco ainda maior de contrair câncer de pulmão ou doenças cardíacas. Um estudo realizado em 1993 pela Agência para Proteção do Meio ambiente (EPA, em inglês) concluiu que a fumaça de cigarro no ambiente é um carcinógeno do Grupo A, o mais perigoso. O relatório analisou exaustivamente os resultados de 30 estudos da fumaça produzidas pelo cigarro em repouso e da fumaça expelida depois de tragada.
A EPA diz que a inalação passiva da fumaça de cigarro é responsável pelo câncer de pulmão que mata 3.000 pessoas todo o ano nos Estados Unidos. A Associação Médica Americana confirmou essas conclusões, em junho de 1994, com a publicação de um estudo que revela que as mulheres que nunca fumaram, mas que inalam fumaça de cigarro no ambiente, correm um risco 30% maior de contrair câncer de pulmão do que outras pessoas que também nunca fumaram.
No caso das crianças pequenas, a fumaça de cigarro resulta em 150.000 a 300.000 casos anuais de bronquite e pneumonia. A fumaça agrava os sintomas de asma em 200.000 a 1.000.000 de crianças todo o ano nos Estados Unidos. A Associação Cardíaca Americana calcula que ocorram, todo o ano, 40.000 mortes por doenças cardiovasculares causadas pela fumaça de cigarro no ambiente.
Um levantamento feito pela equipe de José Rosember, pneumologista brasileiro, avaliou os efeitos do tabagismo na saúde de 15 mil crianças entre zero e um ano. Nas famílias em que o pai fuma, cerca de 25%das crianças apresentou problemas respiratórios. Quando a mãe é fumante o número passa para 49%, pois ela tem mais contato com

Em 2002, o governo brasileiro estampará nos maços de cigarro, imagens e alertas aterradores, como por exemplo uma doente grave aparecendo num leito de hospital com câncer de pulmão. Terá também imagens de crianças prematuras para alertar o fumo durante a gravidez e frases de efeito como “Fumar causa impotência sexual”. Será a maior ofensiva contra os mais de 30 milhões de viciados, que segundo o Ministério da Saúde mata 80 mil brasileiros por ano.
Mas, para quem quer se livrar da dependência, a medicina está trazendo tratamentos desde terapias e antidepressivos até chicletes e adesivos de nicotina. Já existem várias alternativas contra o cigarro, segundo o psiquiatra Montezuma Ferreira, do Ambulatório de Tabagismo do Hospital das Clínicas de São Paulo “Hoje é mais fácil parar de fumar”.
Algumas dessas alternativas se baseiam na reposição de nicotina. O fumante é poupado dos efeitos da interrupção repentina do hábito, como a irritabilidade. Então, se oferece ao corpo a nicotina mas em doses menores até que ele dispense a substância, como é o caso do chiclete e do adesivo de nicotina.
Há outros tratamentos que usam antidepressivos, com bupropriona (Zyban, da empresa Glaxowellcome). Mas ainda não se sabe como ele funciona contra a dependência. Acredita-se que a droga aumente o efeito de substâncias como a seretonina e a dopanina. Assim, o fumante teria as mesmas sensações de bem-estar causadas pela nicotina. Porém, esses tratamentos são recomendados para pacientes que fumam mais de quinze cigarros por dia, ou seja, um alto grau de dependência.
Há até técnicas para quem, durante o tratamento, sente um desejo incontrolável de fumar. Trata-se de um sray de nicotina. Ao bater aquela vontade de tragar, o fumante pode borrifar um pouco do líquido no nariz. Mas esse produto só existe nos Estados Unidos. Já descobriu-se que o cérebro possui receptores de nicotina, espécies de fechadura localizadas nas células nas quais o composto se encaixa.
A partir daí começam a ser liberadas no corpo substâncias como a seretonina, catecolamida e dopamina. Elas estão envolvidas no processamento de sensações como bom-humor e relaxamento. Com o tempo, o corpo se acostuma com a nicotina e precisa cada vez mais dela para sentir as mesmas coisas. Está consolidada a dependência.
Sabe-se também que além da nicotina, o outro vilão é o alcatrão. Ele causa alterações nas células que podem levar ao desenvolvimento de vários tipos de câncer como o de pulmão e o de boca.

Constatações de 50.000 Estudos
A seguir temos uma pequena amostra do que preocupa os pesquisadores com relação ao fumo e à saúde:
Câncer de Pulmão:
87% das mortes por câncer de pulmão ocorrem entre os fumantes.
Doenças Cardíacas:
os fumantes correm um risco de 70% maior de apresentar doenças cardíacas
Câncer de Mama:
as mulheres que fumam 40 ou mais cigarros por dia têm uma probabilidade 74% maior de morrer de câncer de mama.
Deficiências Auditivas:
os bebês de mulheres fumantes têm maiores dificuldades em processar sons.
Complicações da Diabetes:
os diabéticos que fumam ou que mascam tabaco correm maior risco de ter graves complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de evoluções mais rápidas.
Câncer de Cólon:
dois estudos com mais de 150.000 pessoas mostram uma relação clara entre o fumo e o câncer de cólon.
Asma:
a fumaça pode piorar a asma em crianças
Predisposição ao Fumo:
as filhas de mulheres que fumavam durante a gravidez têm quatro vezes mais probabilidade de fumar também.
Leucemia:
suspeita-se que o fumo cause leucemia mielóide.
Contusões em Atividades Físicas:
segundo um estudo do Exército dos Estados Unidos, os fumantes têm mais probabilidades de sofrer contusões em atividades físicas.
Memória:
doses altas de nicotina podem reduzir a destreza mental em tarefas complexas.
Depressão:
psiquiatras estão investigando evidências de que há uma relação entre o fumo e a depressão profunda, além da esquizofrenia.
Suicídio:
um estudo feito entre enfermeiras mostrou que a probabilidade de cometer suicídio era duas vezes maior entre as enfermeiras que fumavam.
Outros perigos a acrescentar à lista:
câncer da boca, laringe, gargantas, esôfago, pâncreas, estômago, intestino delgado, bexiga, rins e colo do útero; derrame cerebral, ataque cardíaco, doenças pulmonares crônicas, distúrbios circulares, úlceras pépticas, diabetes, infertilidade, bebês abaixo do peso, osteoporose e infecções dos ouvidos. Pode-se acrescentar ainda o perigo de incêndios, já que o fumo é a principal causa de incêndios em residências, hotéis e hospitais.
O Pulmão e o Coração 
O pulmão humano é composto de pequenos glóbulos chamados alvéolos. O fluxo de sangue e a irrigação sanguinia entre o coração e o pulmão são intensos. A fumaça do cigarro prejudica diretamente o funcionamento do sistema coração-pulmão. Com o passar do tempo os alvéolos pulmonares vão sendo cimentados pelos componentes da fumaça do cigarro, deixando de fazer sua função. O organismo então passa a ter menor oxigenação dos tecidos, resultando em maior facilidade de cansaço para o fumante. O cigarro também causa inúmeros danos ao coração, tal como infarto.

É Possível Libertar-se 
Milhões de pessoas conseguiram se libertar do vício da nicotina. Se você fuma, você também poderá largar esse hábito prejudicial.

Aqui vão algumas dicas:
Saiba de antemão o que esperar. Os sintomas de abstinência podem incluir ansiedade, irritabilidade, tontura, dor de cabeça, insônia, distúrbios estomacais, fome, fortes desejos de fumar, talvez por causa de um momento estressante (lembre-se de que o impulso em geral passa dentro de cinco minutos), dificuldade de concentração e tremores. Isso não é nada confortável, mas os sintomas mais intensos duram apenas alguns dias e vão desaparecendo à medida que o corpo vai se livrando da nicotina.
Analise sua rotina para ver quando você procurava um cigarro e altere esse padrão, pois a mente estava condicionada por comportamentos associados ao fumo. Por exemplo, se fumava logo após as refeições, crie a determinação de levantar-se logo em seguida e caminhar ou lavar os pratos. Se estiver desanimado por causa de recaídas, não desista.
O importante é continuar tentando.
Parar de fumar é uma coisa. Largar de uma vez por todas o fumo é outra coisa. Estabeleça alvos de abstinência: um dia, uma semana, três meses, para daí então parar de fumar para sempre.
Se a idéia de engordar o incomoda, lembre-se de que os benefícios de parar de fumar superam esses quilinhos a mais. É bom ter frutas e hortaliças à disposição. E beba muita água.
E falando em benefícios ao parar de fumar saiba mais sobre isso:
Vinte minutos depois de deixar o cigarro, a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal
Um dia depois de largar o vício, as chances de infarto começam a se reduzir
Após três dias, há um aumento da capacidade respiratória
De duas a 12 semanas a circulação sangüínea melhora
No intervalo de 1 a 9 meses a tosse e as infecções das vias aéreas vão cessando. A capacidade física melhora
Em um ano diminui o risco de doença coronariana em 50% Em dez anos caem as chances do aparecimento de câncer
No período de dez a 15 anos o perigo de desenvolver problemas cardíacos se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.
Estatísticas
Mais de 300 pessoas morrem por dia no Brasil em conseqüência ao hábito de fumar. A Organização Mundial de Saúde prevê que, se nada for feito, em 2020 o vício do cigarro levará mais de 10 milhões de pessoas à morte, por ano.

Estatísticas Sobre Uso do Cigarro
Consequências do Fumo
Conclusão
O fumo e seus derivados fazem parte do grupo de drogas consideradas de alta periculosidade a saúde humana. Vidas são tragadas pelos malefícios do fumo a cada minuto. Entretanto o lucro gerado pelo fumo movimenta bilhões de dólares todos os anos.
Milhares de horas de propaganda a favor do fumo são veiculadas nos meios de comunicação de massa toda semana buscando novos mercados consumidores. Se o fumo é um mal para uns, faz muito bem a outros tantos que usufruem do lucro gerado pelo fumo e seus derivados. A grande maioria entretanto, morre e adoece todos os dias. O fumo traz inúmeras despesas à nossa sociedade.
Fonte: www.areaseg.com
Consequências do Fumo
Aparecimento de enfisema, bronquite, asma, gripes constantes com recuperação lenta, e doenças cardíacas relacionadas diretamente ao hábito de fumar. O fumante perde o folego aos menores esforços, com tosses frequentes, pigarro ou catarro constantes.
Agravamento de doenças como hipertensão, diabetes, colesterol alto, cardiopatias, doenças vasculares - derrames (principalmente em associação à pípula anticoncepcional-AVC) e doenças pulmonares.
Envelhecimento precoce de todas as células do organismo pela diminuição do aporte de oxigênio no sangue e consequente aumento de radicais livres, bem como diminuição do tempo de vida.
O alcatrão, assim como algumas das centenas de substâncias catalogadas contidas na fumaça do cigarro, são considerados de grande potencial cancerígeno, sendo responsável pela maior incidência de câncer de pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, prostata, bexiga, cólon e outros órgãos.
Maiores riscos e maior dificuldade na recuperação após intervenções cirúrgicas.
Pele do rosto acinzentada, dentes escuros e dedos da mão amarelados.
Suspeita-se que algumas das mais de 4.000 substâncias presentes na fumaça do cigarro possam causar alterações genéticas.
No homem, maior tendência à impotência sexual, principalmente em associação a outros fatores de riscos como stress, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, etc. Diminuição da mobilidade dos espermatozóides, aumentando a possibilidade de infertilidade masculina.
Na mulher, maior índice de abortos e menor peso do recém-nascido em grávidas fumantes (menor aporte de oxigênio ao feto); recém-nascidos com dependência física da nicotina.
Dependência física e psíquica de uma substância, que nem sempre encontra-se mão, além do número cada vez menor de locais públicos onde é permitido fumar.
Dificuldade de convivência com outras pessoas ou parceiros que não fumam, além da transformação de seus filhos em fumantes passivos indefesos, sem considerar o mau exemplo.
Má aceitação social por parte de número cada vez crescente de amigos que não fumam ou que deixaram de fumar, e o consideram uma pessoa displicente com sua própria saúde, sem força de vontade e, pior ainda, egoísta por impor-lhes sua poluição particular.
Mau hálito e impregnação de roupas, cabelo, objetos e ambiente doméstico pelo cheiro do cigarro.
Maior dificuldade de emprego, visto a tendência atual de preferência a não fumantes.
Aumento dos gastos mensais com pacotes de cigarro, medicamentos para tratar as doenças relacionadas ao tabagismo e custos mais altos das apólices de seguro de vida e de saúde para fumantes.
Mais de 300 pessoas morrem por dia no Brasil em consequência ao hábito de fumar, superando assim o número de mortes por Aids, acidentes de trânsito e crimes, em conjunto.


Veja os males do cigarro sobre seu organismo
 
     Você fuma? Então veja os males do cigarro sobre seu organismo e também das pessoas que estão a sua volta cotidianamente.
É do tabaco, erva da família das solanáceas (Nicotiana tabacum) que possui nicotina, que é feito o cigarro.
     O cigarro contém uma mistura de cerca de 4.700 substâncias tóxicas. Parte delas é gasosa – incluindo o monóxido de carbono, e algumas são partículas, como o alcatrão, a nicotina e a água.
     O alcatrão, além dos radioativos urânio, polônio 210 e carbono 14, concentra 43 substâncias comprovadamente carcinogênicas, ou seja, que provocam o câncer, já que alteram o núcleo das células.
     A fumaça do cigarro contém toxinas que produzem irritação nos olhos, nariz e garganta, bem como diminuem a mobilidade dos cílios pulmonares, ocasionando alergia respiratória em fumantes e não-fumantes.
     Estes cílios, semelhantes a cabelos muito finos, são projeções da mucosa que ajudam a remover sujeiras e outros detritos do pulmão.
     Quando têm seus movimentos paralisados pela exposição à fumaça do cigarro, as secreções acumulam-se, contribuindo para a tosse ou pigarro típico do fumante e para o surgimento de infecções respiratórias, freqüentes em quem tem contato com a fumaça.
     A fumaça do cigarro é também constituída por monóxido de carbono (CO), cuja concentração no sangue circulante de quem fuma aumenta rapidamente pela manhã, continua a subir durante o dia e decresce à noite.
     Aproximadamente, 3 a 6% da fumaça do cigarro são compostos por monóxido de carbono. Quando inalado, o monóxido de carbono atinge os pulmões e dali segue para o sangue, reduzindo sua capacidade de carregar oxigênio.
     Em conseqüência, as células deixam de respirar e produzir energia, o que faz com que o fumante tenha o fôlego prejudicado e fique exposto ao risco de doenças cardiovasculares e respiratórias.
     Além de venenoso em altas concentrações, o CO está implicado em muitas doenças associadas ao fumo, inclusive nos efeitos danosos sobre o desenvolvimento do feto das grávidas tabagistas.
     A nicotina, outra das substâncias encontradas no cigarro, diminui a capacidade de circulação sangüínea, aumenta a deposição de gordura nas paredes dos vasos e sobrecarrega o coração, podendo levar ao infarto do miocárdio e ao câncer, mas seu papel mais importante é reforçar e potencializar a vontade de fumar.
     Ela atua da mesma forma que a cocaína, o álcool e a morfina, causando dependência e obrigando o fumante a usar continuamente o cigarro. Em altas concentrações, é também venenosa.
Perdas - Pesquisas evidenciam as perdas econômicas causadas pelo cigarro em fumantes e não-fumantes, tais como: faltas ao trabalho; queda de produtividade; aposentadorias precoces; mortes prematuras; custos com a manutenção de imóveis, aparelhagens, móveis, tapetes, cortinas, etc. danificados; incêndios rurais e urbanos; acidentes de trabalho e, acidentes de trânsito.
     Ressalte-se que a totalidade dos gastos sociais decorrentes do tabagismo supera em muito a arrecadação de impostos que ele proporciona: o câncer, segunda causa de morte por doença no país, é responsável por grandes gastos com tratamentos e internações hospitalares, uma vez que 90% dos cânceres de pulmão e 30% de todos os outros tipos de câncer são devidos ao tabagismo.
     As doenças cardiovasculares, primeira causa de morte no país, bem como a bronquite crônica e o enfisema, estão diretamente relacionadas ao uso de tabaco e geram importantes gastos na área da saúde.
     Apenas estes dois exemplos nos dão a dimensão das perdas econômicas geradas pelo tabagismo, aliados à queda na qualidade de vida do trabalhador.
     Paralelamente, ainda existem os gastos economicamente não mensuráveis, como a dor, o sofrimento pessoal e familiar dos vitimados - nem sempre considerados.
Não-fumantes - Os fumantes não são os únicos expostos aos males do cigarro.
     Também os não-fumantes são atingidos, já que passam a ser fumantes passivos.
Onde quer que alguém esteja fumando, são encontradas partículas da fumaça do cigarro, principalmente em locais fechados, residenciais ou públicos.
     Rapidamente, as concentrações das substâncias tóxicas da fumaça excedem os níveis considerados padrões para a qualidade do ar ambiente.
     O cigarro é considerado pela Organização Mundial da Saúde – OMS – como o maior agente de poluição doméstica e ambiental, tendo em vista que as pessoas passam 80% de seu tempo diário em locais fechados, tais como os de trabalho, residência e lazer.
     Atualmente, por todo o mundo, cada vez mais as autoridades governamentais têm estabelecido regulamentos e leis de proteção aos não-fumantes; além disso, há crescente aumento da conscientização dos indivíduos sobre a qualidade do ar que respiram, não só em casa, como nos ambientes de trabalho e locais públicos.
     Também no Brasil, progressivamente, surgem leis em nível estadual e municipal preservando os direitos dos não-fumantes, o que mostra avanço na conscientização das autoridades no que tange à poluição tabágica ambiental.
     A qualidade do ar que respiramos é fundamental para nossa saúde, bem como para o bom desempenho de nossas funções cotidianas.
     A permanência em um ambiente poluído com nicotina faz com que absorvamos substâncias em concentrações semelhantes às de quem fuma. Tal comprovação é realizada através da medição da cotitina, principal produto da decomposição da nicotina - substância que pode ser encontrada no sangue e na urina dos não-fumantes que moram, convivem ou trabalham com fumantes.
     No Brasil, estima-se, anualmente, a morte precoce de 80 mil pessoas em virtude do tabagismo, número esse que vem aumentando ano a ano. Em outras palavras, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro, sendo o câncer a principal causa de morte.
Gravidez - Fumar durante a gravidez acarreta sérios riscos tanto para o bebê quanto para a mãe. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e hemorragias ocorrem mais freqüentemente quando a mulher grávida fuma.
     Tais agravos são devidos, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina sobre o feto, após sua absorção pelo organismo materno.
     Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, pelo efeito da nicotina em seu aparelho cardiovascular.
     Portanto, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto em virtude do tabagismo da mãe gestante.
     Analiticamente, a relação do poder aquisitivo com o consumo de cigarros mostra que há menor consumo nas classes de maior rendimento familiar.
     Contraditoriamente, a população de menor renda - e que costuma ter a saúde mais frágil – é a que mais gasta com cigarro, em detrimento de itens prioritários como, por exemplo, a alimentação.
     Em grande parte, essa diferença é causada pela maior desinformação das classes economicamente mais pobres.
     É importante notar que este maior consumo de tabaco, somado a condições como desnutrição, doenças infecciosas e do trabalho, leva a um adoecimento mais freqüente e agravado.
     Convém lembrar, ainda, que os ambientes confinados das pequenas moradias favorece sobremaneira a inalação passiva das substâncias tóxicas por crianças, gestantes e doentes.

 

Efeitos Causados Pelo Fumo sobre a Saúde
A curto prazo A médio e longo prazos
· Irritação nos olhos · Redução da capacidade respiratória
· Manifestações nasais · Infecções respiratórias em crianças
· Tosse e cefaléia · Aumento do risco de aterosclerose
· Aumento dos problemas alérgicos e cardíacos · Câncer 
· Infarto do miocárdio

Doenças associadas ao uso do cigarro
· Doenças coronarianas (25%) Angina e infarto
· Doenças pulmonares obstrutivas crônicas - DPOC (85%) Bronquite e enfisema
· Câncer em geral (30%)
Pulmão (90%), boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero
· Doenças cerebrovasculares (25%) Derrame cerebral
· Úlceras digestivas
· Infecções respiratórias variadas
 
IMAGENS - DANOS CAUSADOS PELO CIGARRO AOS FUMANTES